Tudo pulsa.
Deixei os inimigos
dormirem comigo
nas mesmas armas que
ainda me ameaçam.
Os olhos dos abutres,
vigiam meu vaguear
e nas trevas em que vivo
não temo o teu olhar
Tudo em volta,
volta nas manhãs.
(nas aspirais de vida)
às margens em que vivo
e enceno existir
A cidade redemoinha
sou mais um passageiro.
Resiste nas esquinas
os desafetos
que temo reencontrar.
A eternidade tem vigílias
expõe-me ao se revelar,
custa ter em minha face
o seu espelhar,
custa ver em minhas mãos
a cura carregar.
Marcos tavares de souza
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