do jeito que me apresentaram.
Quis buscá-lo por medo e por virtudes.
Tentei não ser canalha e imperfeito,
mudar minhas palavras hostis,
mas eu não pude! Tive que seguir
sem ele.
Eu tive que trair alguns amigos.
Abandonar quem me queria por perto.
Fugir e ser covarde, sentindo medo do escuro.
Eu tive de mentir, me esconder, ás vezes, fui
cruel.
Sempre vivi esfomeado nos desertos.
Nunca imaginei banquetes no céu.
Eu sempre fiz o que o pude,
usando as armas que tive.
Diante dos indefesos eu fui insensível,
tramei matá-los e jogar aos abutres,
tive vícios e os carrego, pois ainda vivo.
Caminhei por procissões, sem entender.
Já vi Deus em mendigos e o temi.
Eu tive Deus em minhas mãos e o desconheci.
Vou à sua procura, quando ferido.
O diabo me estimula, a sordidez me comove,
não sou um grande exemplo, às vezes choro.
Sou ovelha desgarrada a sua espera.
Marcos tavares de souza
Sou ovelha desgarrada a sua espera.
Marcos tavares de souza
é um poema panteísta, mas no sentido epistemológico.
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