quinta-feira, 18 de julho de 2013

DIAS MÓRBIDOS


No meio do nada.
Algo me acorda,
não sei o que me alenta,
nem o que me devora.

Tenho medo da noite,
da morte lenta,
da foice cega
que me alimenta.

Nada sei de mim,
vou me descobrindo
naquilo que aconteço,
tenho medo
de querer fugir
daquilo que narro
me abandonar
junto aos espasmos.
que me desassossega

Não aprendi a esperar,
quero que me fira logo
os dias mórbidos
e de escuridão   
eu que me ateio fogo,
e me vejo queimar,
quando não tenho mais
pelo que lutar
e clamo seu perdão
por não saber mudar. 


Marcos tavares 

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