e cede seus arsenais,
come da minha boca,
e zomba dos meus venenos,
sabe que a minha fome é você
e ainda assim me deixa suar
e zomba dos meus venenos,
sabe que a minha fome é você
e ainda assim me deixa suar
sobre a sua pele.
Conhece minha mesquinhez
e se veste dos meus retalhos
sabe das minhas estradas
daquilo que eu carrego
na minha fragilidade,
ainda assim...
daquilo que eu carrego
na minha fragilidade,
ainda assim...
me engole todo de uma vez.
Você me mostra
o que me entorpece
o que me entorpece
e esconde o que me cura,
deixa eu velejar na loucura
de te amar sem ser seguro
me premia com seus dentes
de te amar sem ser seguro
me premia com seus dentes
afiados e sedentos,
e me desfia.
Costura o que me rasga
das suas farpas inocentes,
Costura o que me rasga
das suas farpas inocentes,
espreme entre suas entranhas
meu sêmen repentino
adolescente, verossímil...
Atenua minha rigidez
engasgado na sua goela,
alivia minha morbidez,
a cobiça de te maturar,
de te tirar dos seus vestidos
a cobiça de te maturar,
de te tirar dos seus vestidos
e te mastigar
toda de uma vez.
toda de uma vez.
Marcos Tavares