vivo de redemoinhos.
Os meus segredos conto as aves
na mudança das estações.
Vivo sem testemunhas,
como os cantos das paredes,
como livros na estante,
quadros de fotografia...
quadros de fotografia...
Acordo nas manhãs
junto com memórias,
junto com memórias,
imagens de um passado
que se juntam a mim,
que se juntam a mim,
personagens de espelhos
que ousei inventar,
que ousei inventar,
amores amanhecidos,
palavras que jurei esquecer...
palavras que jurei esquecer...
Quero tantas coisas
e tenho coisas que quero perder.
A vida vai decidir se a lucidez vai me levar.
Tenho á tarde pra sorrir,
quem sabe até! Me perder.
Preciso apenas de um grito
que me rasgue.
Queria uma canção pra assobiar,
uma paixão que me arrastasse,
um desafio qualquer,
que fizesse remendos em mim.
Queria teus braços
que me sustentaram quando enfraqueci,
quando o vento me chamou pra partir.
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