Dou alimento aos canibais
do meu próprio sangue
e deixo migalhas
serem disputadas
entre bichos e miséria
Vou tocando meu berrante
por não saber o que me cala,
neste mundo de famintos
animais surreais.
Vou andando pelas ruas,
como quem tem
o direito de sonhar,
até que o toque de recolher
denuncie o que é real,
Vou vagando em pensamentos
como quem sabe o nome
do que é certo pra viver,
até que o que medo da fome
decida de quem me alimentar. Marcos tavares
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