Fecho
os olhos e penso
que
posso me esconder,
que
meus olhos podem escolher
pra
onde eu quero olhar
e
acredito poder procurar
destinos
pra seguir.
Tranco
a porta e sinto
que
tenho onde habitar,
que
em minha morada
as
grades irão me conter
e
acredito poder ficar
seguro
sem me ferir.
Ando
pelo mundo
querendo
ter
o
que não deveria carregar
e
vou acreditando me faltar
o
que seria inútil conseguir
e
que nunca poderia levar
Abro
os olhos e penso
que
não me iludo ao tomar
os
teus olhos como os meus
como
se os meus,
já
não fossem os teus.
Como
se o chão que tento domar
não
fosse um dia, me hospedar.
Marcos tavares
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