e sem rumo certo,
não hospedar nos olhos
lugar algum
e só encontrar o deserto
que restou em mim.
Derramar nos poros
o teu verso náufrago,
sem bálsamo e lenitivo
sem amenizar
o afogar definitivo
Não ter ilhas, cais,
nem beira de mar.
Somente o medo
de não mais
poder me ancorar.
Vagar na planta dos pés
com ânsia de me isolar.
Só levar comigo
o mapa dos teus olhos.
Marcos tavares
foto de Talita
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