Sou um estranho na sala
fazendo contas,
refém do controle remoto,
reencenando o passado
...desfazendo as derrotas.
Um estúpido no elevador
refazendo as somas,
lembrando senhas de cadeados
que trancaram meu coração
Um ser qualquer
esperando o sol se por
com desafetos pra remoer
planejando calendários
pra se desfazer da dor.
Um corpo qualquer
(ao meio fio)
qualquer rima denunciaria
qualquer destino me levaria
removendo o que restou
das fotografias entristecidas
que não mostram mais
aquele que eu já não sou.
Marcos tavares
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