terça-feira, 8 de dezembro de 2015

VERSOS DE DOR

Sou pedaço de terra,                                       
celeiro de palavras que crescem,
espalham-se pelo chão,
-desarrumadas-
Emaranham-se entre si.

Faço frases no quintal,
jogo-as na calçada,
onde pisam os homens sós,
alienados pelo tempo.

São palavras que sangram
na ponta dos dedos.
Arrancadas sem piedade,
desabitadas dentro de mim.

A minha poesia é frágil.
Ela se derrama em vendavais,
ousei sonhar um dia
e me deram arsenais.

Os meus versos são de dor,
mas um dia foram rimas,
soterraram meu sorriso
e me condenam de ser triste.



Marcos tavares

foto da amiga Karla Jacobina
https://www.facebook.com/karla.jacobina?fref=ts


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