Sou
pedaço de terra,
Faço
frases no quintal,
jogo-as na calçada,
onde pisam os homens sós,
jogo-as na calçada,
onde pisam os homens sós,
alienados
pelo tempo.
São
palavras que sangram
na
ponta dos dedos.
Arrancadas
sem piedade,
desabitadas
dentro de mim.
A minha poesia é frágil.
Ela
se derrama em vendavais,
ousei
sonhar um dia
e
me deram arsenais.
Os
meus versos são de dor,
mas
um dia foram rimas,
soterraram
meu sorriso
e
me condenam de ser triste.
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