dos homens cor de bronze
do prepúcio de púrpura.
Quem me lapidou
esqueceu de me tirar
o veneno.
Ateio
fogo na minha própria
teia.
Como quem preserva fortalezas
corto minhas / alheias
veias.
Feneço, infinitamente
na presença dos homens
que têm grandes pés e nenhuma fé.
Que me rasgam a carne
e me sepultam em suas glandes.
Não fosse eu
uma pessoa de múltiplos escudos
viveria a vida toda
como um único vestido
de veludo.
Marize Castro
Forte e intenso o seu texto, parabéns!
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