sábado, 9 de fevereiro de 2013

CARTAS DE AMOR



Ás vezes a gente
tem uma vontade de dizer
que certas pessoas são especiais,
mas não sabemos como!
Pois cartas de amor
não são suficientes,
parecem não dizer
o que arde lá dentro,
e quando são escritas,
são sempre julgadas,
como se fossem carregadas
de segundas intenções,

Ás vezes, eu pareço criança,
não vejo risco,
esqueço que o mundo é um caminhar
e mesmo em dias de turbulências
eu não me entrego.
Nas horas tristes
eu lembro que tenho em mim,
um sentimento que me faz feliz.

Se inútil for lutar
mesmo assim eu tentarei,
irei até onde eu possa ir,
só eu terei que sentir
a dor de amar de novo
ver o coração pulsar
e se calar mais uma vez,
mas não perderei
a alegria de viver,

A meia-noite, ao som de uma canção,
cercado pela multidão,
quem sabe a paixão
deixe de ser uma intrusa,
siga por outros caminhos,
deixando de rasgar no peito
a vontade de te abraçar;
ou quem sabe determine o fim de um engano,
uma ilusão que seria loucura.
Uma história que o destino não quis contar.

Você pode sim, me deixar aqui, não vir comigo,
não há engano, não tenho planos, nem poderia!
nada sei além de estar aqui.
A vida traz pra mim o que sinto agora,
não temo perdê-lo,
tenho forças pra reagir,
refazer os meus caminhos.
Mas também não temo
a força deste sentimento,
estou pronto pra recebê-lo
de braços estendidos,

Em qualquer rua da cidade enfurecida,
numa praia distante ou sob os olhares da multidão,
caminhando sob a chuva ou viajando por vagões
eu serei seu arlequim, um ombro pra chorar,
um tolo pra te fazer rir ou carregar os seus canhões.

Nada peço, não poderia,
não é meu...
Este sentimento existe por você.
Só você pode fazê-lo ser parte de ti.
Pode ser inconsequente
se dosado sem medidas
pode ser nocivo se for imenso
e alimentado por toxinas,

Mas pode ser lindo se cuidado a cada dia.
Não dói, é livre. Como tudo:
Pertence ao tempo, vai passar...
Não destrói. É amor. Tão raro:
Pertence ao coração,
é pra fazer feliz.




Marcos tavares






3 comentários:

  1. nadaaaaa muito bom sou seu fá

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  2. E é exatamente assim que se transforma em melodia e nos faz compreender o que não sabemos explicar.
    Ótimo!

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