Enquanto a chuva
Com sua língua fria
Lambe a cidade,
Desliza
Segundo a segundo;
E o tempo goteja,
Tic tac, Tic tac, Tic tac.
Os jovens:
Disputam em chutes
Do sonho, a glória,
O gosto de vitória,
No sagrado, gol!
Ou, no vestido irresistível,
O acaso
Que lhe traga
No resolutivo abraço
O beijo
De novela
De um final feliz.
Enquanto a chuva
Persiste
Os sonhos se edificam
A comunicação se estreita
Teia mágica
De bem ou mal
Ondas
E ondas
De um único mar
Trama macia
De um mesmo lençol
E o tempo, na
primeira fila
Apenas
Assiste
Ato por ato
Pétala por pétala
De uma mesma flor,
Doces, puras,
Bizarras
Românticas
Tímidas
Arrogantes
Manipuladas
Ou prostitutas
Formas de amor.
Autor: Sergio Marques Velloso
Casa do Poeta
Brasileiro de Praia Gande
velloso.arteblog.com.br
poetas colaboradores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Mete o pau aqui!