vê seus filhos brincarem
por entre carros e cachorros.
Ensaia um sorriso de cárie,
num gole de aguardente e choro.
Seus filhos dormem maltrapilhos,
entre buzinas e sonhos,
dentro de um balaio gasto,
aos cuidados da cidade transeunte
e seu desmaio vasto.
Seu homem cambaleante,
chega à tarde entre fumaças.
Seus dedos fedem lixo, cachaça.
Se sacia nos seus trapos, na sujeira.
Partilha dos seus bolsos as migalhas
A mulher resignada sob o céu,
não lembra mais os nomes dos filhos
nem seus sexos, suas doenças.
Só a parede que lhe ampara
sabe como são suas manhãs
e porque canta.
Marcos tavares
Marcos tavares
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